Com as eleições legislativas de 2025 a chegar, analisámos todos os programas eleitorais e reunimos, num só lugar, todas as medidas propostas pelos partidos com assento parlamentar sobre habitação e imobiliário.
Este artigo completo apresenta as soluções que cada força política – da esquerda à direita – defende para enfrentar a crise habitacional em Portugal. Desde o apoio à compra da primeira casa por jovens, arrendamento acessível, combate à especulação e reabilitação urbana, até ao aumento da habitação pública e alojamento estudantil, conheça em detalhe o que cada partido propõe.
AD - Coligação PSD/CDS
Aumentar a oferta de habitação
- Incentivos fiscais à construção e reabilitação por privados.
- Utilização de imóveis públicos e construção de habitação acessível para apoiar famílias mais vulneráveis.
- Apoio à habitação cooperativa.
Criação de zonas prioritárias de expansão urbana
- Geridas por sociedades de reabilitação urbana e promoção habitacional (modelo Parque Expo / Cidades do Tejo).
- Envolvimento do Estado e das câmaras municipais.
- Planeamento e licenciamento descentralizados e rápidos.
- Isenção de taxas urbanísticas e uso de financiamento do BEI.
Flexibilização das regras urbanísticas
- Possibilidade de aumentar a ocupação dos solos, densidade de construção (inclusive em altura), e de expandir os perímetros urbanos.
Entrada automática no mercado de imóveis públicos devolutos ou subutilizados.
Custos tributários em obras para habitação permanente
- Redução substancial ou eliminação de taxas urbanísticas.
- Aplicação de IVA a 6% nas obras (com limites e compensação às autarquias).
Promoção de novos modelos de habitação
- Exemplos: build to rent, co-living, habitação modular, uso flexível de residências de estudantes.
- Criação de ambientes regulatórios de teste (regulatory sandboxes).
Programas específicos
- PPP para construção/reabilitação em larga escala de habitação acessível e residências de estudantes.
- Programa de financiamento para reabilitação de imóveis devolutos para arrendamento acessível.
Revisão do licenciamento urbano
- Simplificação das regras e prazos.
- Redução da burocracia e maior previsibilidade nos processos.
Integração com políticas de mobilidade
- Para permitir o crescimento urbano sustentado e encurtar distâncias entre zonas habitacionais e centros urbanos.
Promoção da construção cooperativa
- Apoio fiscal (isenção de IVA), agilização de infraestruturas, reclassificação de solos e acompanhamento das autarquias.
Revisão da legislação do arrendamento
- Revisão da legislação recente sobre arrendamento, com destaque para as alterações de 2019.
- Criação de contratos de arrendamento estáveis e de longo prazo, com regras claras de atualização de renda.
Resolução rápida de conflitos
- Reforço do Balcão Nacional de Arrendamento.
- Recurso a julgados de paz e mecanismos de tutela urgente.
Reavaliação do seguro de renda
- Incentivos à sua adoção.
- Substituição de exigência de fiadores ou rendas antecipadas.
Reformulação dos programas de apoio ao arrendamento
- Foco em subsídios ajustados ao rendimento e localização.
- Resolução de falhas de articulação entre os serviços públicos
PS
Arrendamento
- Simplificar e uniformizar o acesso aos apoios ao arrendamento.
- Alargar o número de beneficiários, garantindo que todas as famílias com taxa de esforço elevada, incluindo as da classe média, tenham apoio no pagamento da renda.
Aquisição de habitação própria
- Assegurar estabilidade e previsibilidade no apoio à compra da primeira casa.
- Monitorizar rigorosamente a implementação da Garantia Pública (em vigor desde o final de 2024), garantindo que cumpre o seu objetivo.
- Avaliar, com o Banco de Portugal, mecanismos de proteção para beneficiários desta garantia em caso de incumprimento do crédito à habitação.
Acesso aos programas habitacionais
- Criar uma política de “porta única” de entrada nas respostas públicas de habitação.
- Promover uma gestão integrada do património público, de forma a responder melhor às necessidades habitacionais.
- Transferir progressivamente a gestão dos imóveis do IHRU para as autarquias, adaptando a política habitacional às realidades locais.
Reforço do setor da construção
- Garantir a integração obrigatória de soluções de habitação acessível no licenciamento de novos projetos:
- Aumentar a capacidade construtiva;
- Definir, em articulação com as autarquias, quotas mínimas de habitação a custos acessíveis ou controlados.
- Promover a industrialização da construção e a adoção de métodos sustentáveis, como o eco-design.
- Estimular a digitalização do setor, abrangendo arquitetura, engenharia, construção e gestão ao longo do ciclo de vida dos projetos.
- Apostar na qualificação dos profissionais, com enfoque nas tecnologias BIM, técnicas tradicionais e inovação construtiva.
- Concretizar, até 2026, a criação do Código da Construção.
Inovação habitacional e valorização urbana
- Lançar linhas de financiamento para projetos de micro-housing e habitação pré-fabricada, com foco em soluções temporárias.
- Reforçar o investimento na valorização dos bairros habitacionais públicos:
- Melhorar os espaços públicos;
- Reduzir barreiras urbanísticas;
- Construir equipamentos que criem novas centralidades.
- Criar um programa de aquisição de casas hipotecadas à banca por parte do Estado, garantindo:
- Arrendamento vitalício aos proprietários originais;
- Integração das casas em programas de arrendamento acessível.
- Criar o Balcão Mais Habitação, facilitando o acesso às respostas públicas através das freguesias e municípios.
- Criar uma linha de financiamento específica para apoiar condomínios na manutenção dos edifícios.
CHEGA!
Reformar a legislação e defender os proprietários
- Revogar o pacote Mais Habitação, eliminando medidas que penalizam e afastam o investimento.
- Rever a Lei das Rendas, eliminando o congelamento e garantindo atualização com base na inflação.
- Simplificar o processo de despejo por incumprimento, impondo prazos máximos para decisão judicial.
- Aplicar tolerância zero a ocupações ilegais, reforçando os meios legais e a intervenção imediata das autoridades.
- Criar um fundo de compensação para proprietários lesados por restrições administrativas ou políticas à gestão dos seus imóveis.
Resposta social e apoio a famílias vulneráveis – Programa Recomeçar
- Alojamento de Emergência: rede nacional em imóveis públicos subutilizados ou de instituições sociais (até 12 meses, com avaliação contínua).
- Apoio Financeiro Transitório: comparticipação na renda no mercado privado; isenção de IMT e imposto de selo na compra de casa própria em caso de despejo e carência comprovada.
- Estímulos à Reinserção: formação profissional e programas de empregabilidade para restaurar a autonomia económica das famílias.
Planeamento e expansão urbana
- Rever a Lei dos Solos, aumentando a transparência na reclassificação de solos, incluindo áreas de reserva agrícola e ecológica.
- Desburocratizar o licenciamento urbanístico, com deferimento tácito se os prazos forem ultrapassados.
- Estabelecer metas e monitorização para reduzir prazos nos pedidos de licenciamento.
- Criar programas específicos de expansão habitacional em áreas metropolitanas (modelo Parque Expo, micro-housing).
- Investir na expansão dos transportes públicos e dos serviços essenciais (escolas, hospitais, lazer) nas novas zonas de habitação.
- Mapear terrenos públicos estratégicos, considerando acessos e infraestruturas.
Promoção da habitação acessível
- Incentivar parcerias público-privadas com terrenos públicos em concessão de 90 anos e rendas controladas.
- Lançar concursos públicos para construção de habitação acessível com critérios de sustentabilidade e acessibilidade.
- Incentivos fiscais:
- Isenção de IMT e IMI para quem construir ou reabilitar para arrendamento acessível;
- IVA reduzido (6%) para construção e projetos destinados a habitação;
Isenção de tributação autónoma para projetos build-to-rent com permanência mínima de 15 anos no mercado de arrendamento.
Reabilitação e modernização
- Criar um programa nacional de reabilitação do património público edificado, com levantamento do estado dos edifícios, parcerias com privados e procedimentos transparentes.
- Reforçar os apoios à reabilitação urbana com acesso facilitado ao financiamento.
Apoio à aquisição de habitação
- Criar uma linha de crédito bonificado para jovens e famílias com baixos rendimentos.
- Isentar de IMT e Imposto de Selo jovens até 40 anos na compra da primeira habitação até 400 mil euros.
- Isenção de IMI para habitação própria permanente até 400 mil euros de valor patrimonial.
- Alargar o programa de garantias públicas à compra de habitação para famílias com baixos rendimentos.
- Benefícios fiscais para famílias numerosas, reduzindo impostos na aquisição e posse da casa própria.
- Reforçar o crédito bonificado, especialmente para jovens casais e famílias com filhos.
Mercado de arrendamento
- Terminar com as medidas de controlo de preços no mercado de arrendamento.
- Promover o arrendamento de longa duração, com benefícios fiscais:
- Taxa autónoma de 10% para contratos entre 5 e 10 anos ou arrendamento a estudantes do ensino superior;
- Taxa de 5% para contratos superiores a 10 anos.
- Combater a fraude no arrendamento acessível, garantindo que os apoios cheguem a quem deles precisa.
- Criar a Plataforma de Registo de Arrendatários Municipais (PRAM) para transparência e eficiência na gestão da habitação pública.
Modelos alternativos de habitação
- Promover a habitação cooperativa, permitindo que grupos de cidadãos construam e gerem habitações de forma comunitária e acessível.
Iniciativa Liberal
Curto Prazo (1-2 anos): Mobilização do parque habitacional existente
- Captar casas vazias para o mercado de arrendamento.
- Colocar imóveis públicos devolutos no mercado.
- Simplificar legislação de arrendamento e processos de licenciamento.
- Rever a fiscalidade sobre rendas para tornar o arrendamento mais atrativo.
Médio Prazo (2-4 anos): Construção e reabilitação
- Incentivos fiscais para construção e reabilitação (redução de IVA de 23% para 6%).
- Parcerias público-privadas para projetos de habitação acessível.
- Regime de pré-licenciamento automático.
- Plataforma única nacional de licenciamento urbanístico.
- Criação de um Código da Construção para unificar e simplificar a legislação.
Arrendamento
- Redução de impostos sobre rendimentos prediais (de 25% para 15%).
- Isenção total de imposto para rendas abaixo do valor do programa Porta 65.
- Criação de um Código Único do Arrendamento.
- Descongelamento de rendas antigas com compensação do Estado aos senhorios.
- Unificação dos programas de apoio à renda num único modelo transparente.
- Incentivos à construção para arrendamento (build-to-rent), com benefícios fiscais.
Gestão do património do Estado
- Inventário e disponibilização de imóveis públicos devolutos para habitação.
- Cedência de imóveis do Estado para reabilitação e arrendamento acessível.
- Revogação do direito de preferência do Estado em compras de imóveis privados.
Oferta habitacional mais acessível
- Aumento da densidade urbana nas zonas com transporte público.
- Incentivos à construção em altura conforme os PDM.
- Simplificação da reclassificação de solos rústicos para urbanos.
- Redução da burocracia para casas modulares e pré-fabricadas.
Formação e capital humano
- Formação e atração de mão-de-obra especializada no setor da construção civil.
Descentralização
- Transferência de serviços públicos para fora dos grandes centros urbanos.
- Alívio da pressão demográfica em Lisboa e Porto.
Bloco de Esquerda
Definir um teto máximo para rendas
- Estabelecimento de valores máximos para rendas, ajustados à localização e características dos imóveis.
Construção de habitação pública
- Aumento da oferta de habitação pública com o objetivo de contribuir para a redução dos preços no mercado.
Controlo do impacto do turismo
- Suspensão da construção de novos hotéis.
- Redução do número de alojamentos locais em áreas com elevada pressão turística.
Revisão dos programas de investimento
- Fim do regime de Vistos Gold, associado à compra de imóveis.
Acesso à habitação compatível com os rendimentos
- Garantir que o acesso a uma habitação condigna seja possível com os rendimentos do trabalho.
CDU (PCP-PEV)
Programa Nacional de Habitação
- Criação de um programa público financiado com 1% do PIB anual para construção, manutenção e reabilitação de habitação pública.
- Expansão do arrendamento social e a custos acessíveis para diversos segmentos da população.
Controlo e redução das rendas
- Fixação de valores máximos para rendas, aplicáveis a contratos em vigor e novos contratos.
- Revogação da chamada “Lei dos Despejos”.
- Estabelecimento de um período mínimo de 10 anos para os contratos de arrendamento.
Redução dos encargos com crédito à habitação
- Medidas para baixar o valor das prestações bancárias, incluindo a redução de spreads e comissões.
Combate à especulação imobiliária
- Eliminação do regime fiscal dos residentes não habituais.
- Limitação da aquisição de imóveis por fundos imobiliários.
- Restrição de usos habitacionais destinados ao turismo.
Resposta à habitação precária
- Intervenções urgentes para responder à habitação precária e clandestina, com recursos da administração central.
Gestão do solo urbano
- Revogação das alterações à “Lei dos Solos”.
- Adoção de medidas para travar a especulação em zonas influenciadas por grandes obras públicas ou investimentos privados.
Livre
Criar o Serviço Nacional de Habitação (SNH)
- Modelo semelhante ao SNS, garantindo o direito universal à habitação.
- Reforço do investimento público e regulação do mercado de arrendamento.
- Financiamento através de fundos públicos, europeus e receitas próprias.
- Articulação com autarquias e aprofundamento da Lei de Bases da Habitação.
Atingir 10% de habitação pública até 2040
- Execução das 26.000 frações do PRR até 2026.
- Financiamento das 33.000 candidaturas ao 1º Direito.
- Concursos periódicos para construção e arrendamento acessível.
- Apoio à expropriação de heranças indivisas e uso do direito de preferência pelos municípios.
Criar fundo para as políticas de habitação pública
- 1.000 milhões €/ano para habitação pública e arrendamento acessível.
- Reabilitação com critérios ambientais e energéticos rigorosos.
- Financiamento através de sobretaxas aos setores financeiro e imobiliário.
Nova geração de cooperativismo habitacional
- Implementação de habitação cooperativa com custos controlados.
- Protocolos entre Estado, autarquias e setor cooperativo.
- Propriedade coletiva e diversidade socioeconómica asseguradas.
Inventariar e reabilitar o parque imobiliário público
- Criação de base de dados interligada ao IRN.
- Mobilização de imóveis devolutos do Estado para habitação pública.
Residências universitárias
- Conversão de património subutilizado em alojamento estudantil.
- Reforço dos apoios da ação social ao arrendamento.
Acessibilidade na habitação pública
- Levantamento nacional sobre acessibilidade para pessoas com deficiência.
- Atualização de critérios e aumento da oferta adaptada.
Criar o Balcão da Habitação
- Atendimento presencial e digital sob o IHRU.
- Apoio técnico, divulgação, proteção habitacional e situações de despejo.
Simplificação dos regimes de renda
- Substituição dos regimes de renda apoiada, condicionada e acessível por um único regime mais universal e transparente.
Reforçar o IHRU
- Reorganização técnica, financeira e tecnológica do instituto.
- Maior capacidade de apoio a programas habitacionais e autarquias.
Combater indignidade habitacional
- Reconversão de bairros informais (AUGI).
- Habitação incremental com envolvimento direto das famílias.
- Reforço do programa Housing First para sem-abrigo.
Fundo de Emergência para a Habitação
- Apoio temporário a famílias sem habitação.
- Regulação de rendas e hipotecas em crises como inflação ou aumento das taxas de juro.
Habitação digna para famílias com crianças
- Apoio preventivo em articulação com CPCJ para evitar separações por motivos habitacionais.
Proteção contra aumento das rendas e prestações
- Alargamento dos apoios à bonificação de juros e renda.
- Reforço do Porta 65+.
Tornar obrigatória a dação em cumprimento
- Extinguir a dívida com entrega do imóvel ao banco em caso de incumprimento.
Revogar alterações ao RJIGT
- Travar a desregulação da reclassificação de solo rústico para urbano.
Política fiscal justa na habitação
- Mais impostos sobre mais-valias imobiliárias e não-residentes.
- Fim de Vistos Gold e benefícios a nómadas digitais.
- Benefícios para cooperativas e reabilitação.
Regulamentar o Alojamento Local (AL)
- Limites de licenças em zonas com pressão turística.
- Regras urbanísticas e fiscalizações mais rigorosas.
- Proibição da transmissão de licenças na venda de imóveis.
Rever benefícios fiscais de fundos imobiliários
- Apenas manter isenções para fundos que disponibilizem 30% para arrendamento acessível.
Reformular cálculo do IMI
- Reduzir IMI para habitação permanente e longa duração.
- Agravar IMI para imóveis devolutos.
- Retirar isenção a fundos especulativos.
Capturar mais-valias urbanísticas
- Rever legislação de solos para que mais-valias públicas retornem à comunidade.
Rever regras de expropriação
- Considerar valor do solo anterior à reclassificação para fins de expropriação.
Limitar rendas com financiamento público
- Estabelecer tetos de renda em imóveis reabilitados com fundos do Estado.
Compatibilizar rendimentos com arrendamento
- Estabelecer limites de preço de renda em novos contratos, com majoração de no máximo 30%.
Reforçar apoios ao arrendamento acessível
- Reformular Programa de Apoio ao Arrendamento e Porta 65+.
- Incluir arrendamento de quartos e eliminar burocracias.
Reabilitar imóveis devolutos para arrendamento
- Utilizar o programa de Habitação a Custos Controlados para apoiar essa reintrodução no mercado.
PAN (Pessoas Animais Natureza)
Apoio direto às famílias
- Crédito bonificado para jovens (18-35 anos), como alternativa à Garantia Jovem.
- Alargamento da isenção de IMI e IMT até aos 45 anos na compra da 1.ª casa.
- Dedução universal no IRS de despesas com crédito à habitação, independentemente do ano do contrato.
- Reposição gradual da dedução até 30% nos encargos com imóveis.
- Eliminação ou redução de comissões por amortização antecipada (0% para taxa variável; 0,5% para fixa).
- Suspensão de penhoras de habitação própria em 2025 (prorrogável para 2026).
- Redução do IRS para senhorios com rendas acessíveis.
- Complemento ao alojamento separado da bolsa e acessível a mais estudantes.
Aumento da oferta de habitação acessível
- Reforço da habitação pública e a custos controlados, com prioridade para jovens e estudantes.
- Conversão de imóveis públicos devolutos para uso habitacional (especialmente para jovens e estudantes).
- Reabilitação de património do Estado e autarquias, com aposta em sustentabilidade (ex. casas modulares).
- Isenção de IMI e IMT para cooperativas de habitação acessível.
- Fundo nacional de apoio às cooperativas, com crédito bonificado e subvenções.
Alojamento estudantil
- Alargamento do Porta 65 Jovem com aumento da dotação, rendas máximas e apoio a cauções.
- Garantia de percentagem de habitação pública reservada a estudantes.
- Limite máximo de mensalidades nas residências dos Serviços de Ação Social, indexado ao IAS.
- Permissão de permanência nas residências após fim do curso e nos meses extra-calendário letivo.
- Inclusão de todos os estudantes no Programa de Arrendamento Acessível, independentemente do tipo de curso ou idade.
- Linha de crédito para mobiliário de alojamento estudantil.
- Reforço do Housing First e projetos para sem-abrigo com apoio da Segurança Social.
Apoio aos municípios e regulação do mercado
- Agências de financiamento local e emissão de obrigações municipais (modelo nórdico e francês).
- Gabinetes Municipais de Apoio à Habitação obrigatórios.
- Cedência de imóveis do Estado às autarquias para habitação acessível.
- Cartas de valores fundiários para controlar preços do solo urbano.
- Proibição de despejos sem realojamento adequado para famílias vulneráveis.
- Apoio jurídico nos despejos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Reformas fiscais e regulatórias
- Fim do regime do Residente Não-Habitual.
- Contribuição extraordinária de estabelecimentos hoteleiros revertida para habitação acessível.
- Quadro sancionatório eficaz para o regime de arrendamento.
- Regime de não discriminação no arrendamento a famílias com animais.
Sustentabilidade e eficiência energética
- Incentivos à construção com certificação energética A+ e materiais ecológicos.
- IVA reduzido (6%) para obras de eficiência hídrica.
- Fundo Ambiental com apoio também à eficiência hídrica (não só energética).
- Sistema nacional de cobertura de risco sísmico e desastres naturais (criação de Fundo Sísmico).
A poucos dias das eleições legislativas de 18 de maio de 2025, fica claro que a habitação é uma prioridade transversal nos programas eleitorais. Apesar das diferentes visões ideológicas, todos os partidos reconhecem a gravidade da crise habitacional e apresentam propostas para a combater. Cabe agora a cada cidadão decidir que projeto político melhor responde às necessidades habitacionais do país.