Mercado imobiliário 2021: os mercados mais competitivos do mundo

Após um ano especialmente atípico, neste artigo, fazemos um breve balanço de como tem progredido o mercado imobiliário 2021 e de quais são as cidades que lideram o ranking da competitividade mundial. Se está à procura de comprar segunda habitação, de investir em casa para arrendamento, se está rendido ao nomadismo digital e pretende uma relocação, ou se apenas quer sonhar um pouco e imaginar-se a viver em algumas das cidades mais populares do mundo, este artigo é para si!

Em qualquer um dos cenários, ter um conhecimento profundo da realidade imobiliária é imprescindível. No decorrer do último ano, algumas regiões do globo, conforme seria expectável, sofreram uma depreciação devido à pandemia e às restrições nas viagens internacionais, enquanto outros locais se debateram com questões de índole social e política que abalaram o mercado.

Contudo, algumas regiões mantêm-se na liderança dos mercados imobiliários mais caros e competitivos do mundo.

O principado do Mónaco lidera a lista dos mercados imobiliários mais competitivos do mundo. Com a turbulência dos últimos meses, o Mónaco registou uma pequena quebra, mas continua a liderar este ranking e a ser uma das zonas mais caras do mundo para comprar casa, com um preço médio por metro quadrado acima dos 47 000€.

O facto deste principado ser uma região tão pequena (a título comparativo, é mais pequeno do que o Central Park, em Nova Iorque) faz com que o mercado imobiliário seja altamente competitivo. Na corrida dos países mais pequenos do mundo, só a Cidade do Vaticano ultrapassa o Mónaco em tamanho.

Para além disso, o estilo de vida luxuoso e ultra-exclusivo do Mónaco faz com que pessoas com um grande poder de compra se sintam particularmente atraídas por este destino. O Mónaco conta com um leque vasto de restaurantes de autor, boutiques dos melhores designers de moda da atualidade, assim como com um sem número de clubes náuticos de luxo (o Monaco Yatch Show é, por exemplo, um evento mundialmente conhecido, dedicado ao universo do desporto náutico de luxo). Também as temperaturas amenas e o sol que se mantém desinibido o ano inteiro, contribuem para a atratividade desta região da Riviera Francesa.

Hong Kong ocupa o segundo lugar no ranking de locais mais caros do mundo para se viver, com os preços médios por metro quadrado a rondarem os 39 600€. Apesar de ter registado uma ligeira quebra de 3,9% em comparação com o ano anterior (segundo a Savills Research), Hong Kong permanece como um destino altamente concorrido.

Curiosamente, a mesma entidade prevê que outras cidades asiáticas cresçam, enquanto Hong Kong poderá continuar a registar quebras no mercado imobiliário, devido à situação política frágil pela qual tem passado.

Não obstante, esta ainda é uma das cidades mais competitivas do mundo devido à sua grande densidade populacional. Falamos, mais concretamente, de 6835 pessoas por quilómetro quadrado (a título comparativo, Portugal tem 110 pessoas / km2 e Espanha tem 96 pessoas /km2). Por outro lado, também o facto de Hong Kong ser um autêntico hub financeiro contribui para a competitividade do seu mercado imobiliário, dado que todos os profissionais que procuram este destino para fins profissionais, acabam também por procurar habitação.

A cidade que nunca dorme aparece, sem grande surpresa, listada como um dos mercados imobiliários mais atrativos do mundo, também este ano. Vários fatores contribuem para a competitividade do mercado nova-iorquino, sendo que o pouco espaço existente acaba por ter um peso predominante e encarecer automaticamente todo o setor imobiliário. Cada metro quadrado conta no que toca à construção e habitação, sendo que a solução tem sido, em grande parte, o crescimento em altura.

A cidade de Nova Iorque assume-se como um centro incontornável no mundo da tecnologia, moda e design, artes e finanças, fazendo com que diferentes indústrias e setores se sintam muito atraídos por este destino. A indústria do lazer e entretenimento também encontra na cidade de Nova Iorque um mundo cheio de oportunidades.

É de recordar ainda que o mercado imobiliário da big apple abriga alguns dos imóveis mais valiosos do mundo. Falamos, por exemplo, do Deutsche Bank Center (outrora denominado Time Warner Center), do edifício 450 Park Avenue (um marco arquitetónico incontornável da autoria de Emery Roth & Sons), entre outros.

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A capital japonesa é um dos destinos mais cobiçados do ponto de vista turístico e financeiro, e detém também um dos mercados imobiliários mais competitivos do mundo. Segundo a Savills Research, Tóquio permanece, em 2021, o quarto destino com o metro quadrado mais caro do mundo.

O início de 2020 foi uma altura particularmente turbulenta para a capital nipónica devido à pandemia Covid-19. Contudo, este país reagiu rápida e eficazmente sem ter recorrido a confinamentos extremos, tornando-se um dos poucos casos de sucesso. As medidas amenas fizeram com que o mercado imobiliário permanecesse relativamente estável.

As zonas residenciais mais caras de Tóquio incluem os bairros de Azabu, Omotesando eToranomon.

Apesar de a capital suíça de Zurique ter um mercado imobiliário altamente competitivo, é nas margens do lago de Genebra que se encontra a quinta cidade com o metro quadrado mais caro do mundo.

A competitividade do mercado imobiliário suíço é reconhecida internacionalmente. Genebra, por reunir condições particulares, tais como a proximidade dos Alpes, é uma cidade bastante atrativa.

Contudo, o Governo suíço tem tomado algumas medidas para controlar a compra de casas por parte de não residentes, definindo áreas turísticas específicas para a compra de segunda habitação. Genebra não faz parte das zonas turísticas o que significa que, para além de ser um dos destinos com o metro quadrado mais caro do mundo, é também um destino onde é difícil viver, sendo necessário, para o efeito, um visto de residência ou obtenção de cidadania suíça.

A mais populosa cidade da China, com mais de 24 milhões de habitantes, ocupa o sexto lugar do ranking de mercados imobiliários mais competitivos do mundo, segundo a Savills Research. De acordo com a Forbes, é expectável que Xangai se torne na maior economia do mundo até 2028, sendo que o potencial comercial já lá está.

A cidade de Xangai comunicou, no início deste ano, o seu plano de desenvolvimento urbano até 2035, que conta com regras rigorosas que visam limitar a população a 25 milhões de residentes e o limite de extensão das zonas urbanas que deverá ser de 3200 quilómetros quadrados (o equivalente a mais de metade da área do município).

A densidade populacional e a atratividade comercial de Xangai são, sem dúvida, fatores com grande peso que tornam o mercado imobiliário tão caro e competitivo.

A cidade de Londres é, segundo a Savills Research, o sétimo destino com o metro quadrado mais caro do mundo. Apesar dos últimos tempos terem sido de grande incerteza na capital inglesa devido ao Brexit e à pandemia Covid-19, este destino continua a ter muito para oferecer e a estar listado como um dos mercados imobiliários mais competitivos e atrativos do mundo.

Londres é um destino procurado pela vasta oferta laboral em diferentes áreas, pelo multiculturalismo e pelos agradáveis espaços verdes na cidade.

Apesar de a compra de habitação em Londres se manter competitiva em 2021, segundo o mesmo relatório, tal não acontece com o mercado de arrendamento, que registou um forte declínio no decorrer de 2020 e 2021.

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Em oitavo lugar do relatório dos mercados mais competitivos do mundo da Savills está Sydney. Esta cidade australiana tem vindo a registar um grande aumento na procura de casa nas zonas periféricas, enquanto que as propriedades do centro da cidade têm registado uma menor procura. Sydney é uma cidade que oferece incríveis vistas costeiras, um estilo de vida descontraído e um clima quente e convidativo durante grande parte do ano.

Artigo adaptado, originalmente publicado em City Monitor