Viver no estrangeiro: os países mais difíceis para obter cidadania

Viver no estrangeiro faz parte da lista de experiências que muitos anseiam ter e existem vários motivos pelos quais alguém considera esta opção. Seja pela procura de melhores condições de vida, pela deslocação a que a carreira obriga, ou simplesmente porque ter uma segunda residência num país estrangeiro faz parte da sua lista de desejos, a verdade é que comprar casa e um bilhete de avião são pormenores de um processo que, em alguns casos, pode ser bastante mais complexo.

Obter visto de residência ou cidadania é um passo importante para viver no estrangeiro.

No caso da obtenção de cidadania, alguns países têm processos realmente pesados e rigorosos que dificultam esta transição. Nestes casos, o mais comum é obter cidadania através do casamento ou através de graus de parentesco com familiares cidadãos naquele país.

Podem ainda existir algumas exceções para profissionais altamente qualificados que pretendam trabalhar no país, ou para investidores que injetem no país uma quantia de dinheiro significativa.

Neste artigo, vamos listar os 5 países onde é mais difícil obter a cidadania.

Áustria

A Áustria é um dos países da União Europeia com leis mais restritas no que toca à obtenção de cidadania, e com processos mais longos e complexos. Se não for um membro da União Europeia, apenas pode permanecer neste país por mais de 6 meses quem tiver um visto de residência.

Todas as pessoas que queiram viver na Áustria por mais de 24 meses, devem assinar um Acordo de Integração (Integration Agreement) e dar início a um processo que pretende aferir o domínio da língua local – o alemão – e a capacidade da pessoa para participar a nível social, económico e cultural na dinâmica do país.

Para obter a cidadania austríaca, todas as pessoas devem ter vivido pelo menos 10 anos consecutivos no país. Para além disso, este país não oferece a possibilidade da pessoa acumular uma dupla nacionalidade pelo que, optando pela nacionalidade austríaca, a nacionalidade de origem deverá ser renegada.

Alemanha

A legislação alemã sobre a nacionalidade é complexa e tem passado por uma série de alterações nos últimos anos. Não obstante, a Alemanha continua a ser outro país onde as políticas relativas à imigração são ainda muito fechadas e onde obter cidadania é particularmente difícil, exceto para cidadãos de um dos estados-membros da União Europeia.

Obter a cidadania alemã pressupõe um conhecimento profundo da língua, assim como conhecimento do panorama político e social do país. Para além disso, é necessário comprovar a sustentabilidade financeira e a aptidão para viver em território germânico. É ainda necessário comprovar a contribuição para o sistema de aposentadoria alemão.

Tal como acontece na Áustria, a obtenção da cidadania alemã pressupõe a renúncia à cidadania noutro país.

Japão

O processo de aquisição de cidadania japonesa obriga a, no mínimo, 5 anos de residência em território nipónico. Para além disso, é necessária uma autorização específica do Ministério da Justiça japonês, seguindo-se todo um pesado processo burocrático. Apesar do Ministério da Justiça alegar que o processo pode durar entre 6 a 12 meses, quem já passou por ele revela que pode chegar a levar anos! Tal como nos casos acima, a obtenção da cidadania japonesa pressupõe a renúncia à cidadania noutro país.

Suíça

A lei que entrou em vigor em 2018 tornou mais difícil obter cidadania suíça. Este país (assim como a Áustria e a Alemanha) reconhece a chamada ius sanguinis (direito do sangue), ou seja, o recebimento da nacionalidade através da filiação paterna ou materna.

Não sendo este o caso, e para quem também não é cidadão de um dos estados-membros da União Europeia, para obter a cidadania suíça, a pessoa terá de ter vivido no país pelo menos 10 anos. Cada cantão tem regulamentação muito própria sobre a obtenção de cidadania pelo que, dependendo do cantão onde pretender estabelecer-se, as regras podem variar.

Viver no estrangeiro e obter cidadania suíça, em geral, irá pressupor sempre um conhecimento profundo sobre o país. É necessário ter um visto de residência do tipo C e dominar um idioma nacional ao nível da compreensão e escrita, e não ter quaisquer registos policiais, ordens de cobrança ou dívidas.

Quem quiser  obter a cidadania suíça deve respeitar os valores da Constituição Federal e conhecer os diferentes aspetos políticos, culturais, sociais, geográficos e históricos do país.

É ainda recomendável ter laços com suíços e ter uma participação social comprovada. A Suíça, por sua vez, permite a dupla nacionalidade.

Estados Unidos da América

Tendo sido um país, na sua essência, desenvolvido por comunidades emigrantes, os EUA são, hoje em dia, um dos países onde é mais difícil obter a cidadania.

Viver no estrangeiro, mais concretamente, em solo americano não é fácil e, sem ser através de laços familiares, a forma mais comum de obter o Cartão de Residente Permanente Legal (aquilo que normalmente é apelidado de Green Card) é através de um visto de trabalho ou através do casamento com um cidadão norte-americano.

Existe ainda o Programa de Diversidade de Vistos Eletrónicos, mais conhecido por Lotaria Green Card. Esta lotaria sorteia mais de 50 000 green cards que são emitidos aleatoriamente, dando a possibilidade a pessoas de todo o mundo de viverem e trabalharem nos EUA.

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Artigo adaptado, originalmente publicado em Investopedia.

Resumo do artigo

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